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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A mídia e sua função de provocar a reflexão...


Por Leo Tabosa

A mídia é um importante instrumento de transformação da sociedade, mas como tal pode ser usado para melhorá-la ou piorá-la. A mídia vem dando prioridade às matérias que vendam em detrimento daquelas que realmente informam algo de consistente e crítico aos cidadãos.


Mesmo quando o discurso jornalístico é polêmico instaurando o debate, esconde de forma subliminar suas verdadeiras intenções de manipulação de um determinado fato, consequentemente da opinião pública.

Na minha visão pessimista de mundo nossa sociedade caminha para uma grande catástrofe antropofágica. A prova visível está quando ligamos a televisão e não conseguimos escapar do lixo televisivo que invade nossas casas e milhares de outros lares diariamente com uma programação ignorante e superficial disfarçada do seu real papel capitalista que busca apenas o lucro e a alienação das massas.

A mídia tem criado milhares de Mildreds (personagem do filme Fahrenheit 451, de François Truffaut), homens e mulheres fracas para enfrentarem a complexidade do convívio social. A saída dessas personagens é mergulhar em telenovelas, lexotan, inibidores de apetite, concursos de beleza, big-brothers, reality show diversos, programas de auditórios, academias de ginástica na busca de um padrão perfeito de beleza ou telejornais superficiais de um jornalismo que, no lugar de informar, às vezes mais desinforma.

Hoje os livros não são mais queimados como na trama do filme Fahrenheit 451. Agora são deixados nas prateleiras das casas, livrarias e bibliotecas esquecidos a ganhar pó. E muitas vezes, são também veículos promotores de ignorância e incultura.

Que reflexão pode suscitar após a leitura de uma revista de fofocas? Como despertar a consciência crítica lendo uma revista voltada para os programas de televisão? O que podemos esperar de um jornal que faz da violência urbana um espetáculo? O que aprendemos quando devoramos o livro “O doce veneno do escorpião” da “escritora” Bruna Sufistinha?

Com tanto lixo é questionável que a mídia tenha a função de provocar a reflexão da sociedade.

Bradbury e George Orwell não previram o futuro, mas apesar disso FAHRENHEIT e 1984 são relatos dos tempos que vivemos.





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