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terça-feira, 24 de agosto de 2010

DOCUMENTÁRIO RETRATOS SELECIONADO PARA O III CURTA TAQUARY




O Documentário "RETRATOS", de Leo Tabosa e Rafael Negrão foi selecionado para o III Curta Taquary que acontece no período de 09 a 11 de setembro / 2009 na cidade de Taquaritinga do Norte - PE.


domingo, 22 de agosto de 2010

RETRATOS é selecionado para o IV CURTA CABO FRIO


 





IV CURTA CABO FRIO

Em sua quarta edição, o Festival permanecerá com o propósito de selecionar,exibir e disseminar a criatividade, através da experimentação e ousadia da produção audiovisual brasileira, sempre no intuito de descobrir novos talentos, e difundir a cultura cinematográfica no estado fluminense. O evento continuará incentivando a produção de curtas em câmeras de celular e câmeras fotográficas. Facilitando o acesso da população à sétima arte, o festival permanecerá com o seu caráter competitivo, premiando os melhores curtas entre os anos de 2009 e 2010, incentivando assim o talento e a criatividade dos realizadores brasileiros, visando sempre a melhoria das produções nacionais.

O documentário do pernambucano Leo Tabosa, RETRATOS, foi um dos selecionados para representar o Estado.


Leo Tabosa (Diretor do curta Retratos)




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

III CURTA TAQUARY - Filmes selecionados para a Mostra Competitiva


Filmes selecionados para a Mostra Competitiva

MOSTRA COMPETITIVA


ANIMAÇÃO

Cortejo (MG) de Marilia Poggiali
Entre nós (RJ) de Erik Grigororovski
Eu queria ser um monstro (RJ) de Marão
Os anjos do meio da praça (SP) de Alê Camargo e Camila Caarrossine
Josué e o pé de macaxeira (RJ) de Diogo Viegas
Quando as cores somem (SP) de Luciano Lagares
Libertas (MG) de Jackson Abacatu
O divino, de repente (SP) de Fábio Yamaji
O retorno de saturno (RS) Lisandra Santos


PRIMEIROS PASSOS


A casa da praia (SP) de Sandro Casarini
Água viva (SP) de Raul Maciel
Caminha das tábuas (PA) de Alexandre Silva
Caminhos de Santo Amaro (PE) de João Carvalho
O último dia (SP) de Elder Fraga
Último caso (SP) de Erez Milgrom
Sobre um dia qualquer (RS) de Leonardo Remor
Sobre vidas (PB) de Deleon Souto
Sofro, logo existo (RJ) de Vinícios Melich
You bitch die! (MA) de Lucas Sá

DOCUMENTÁRIO

A casa dos mortos (DF) de Debora Diniz
À minha amiga: um breve relato sobre nós (PB) de André da Costa Pinto
Ave sangria – sons de gaitas, violões e pés (PE) Raynaia Uchôa, Rebeca Venice e Thiago Barros
Do morto? (PE) de Mykaela Plotkin e Rafael Montenegro
Iolovitch, o azul de Brasília (DF) de Adriana de Andrade
Família Vidal (PB) de Diego Benevides
Felizes para sempre (SP) de Ricky Mastro
O som do tempo (CE) de Petrus Cariry
Poesia em alto relevo (PE) de Hanna Godoy e Marcia Mansur
Poliamor (SP) de José Agripino
Retratos (PE) de Leo Tabosa e Rafael Negrão


FICÇÃO


A minha alma é irmã de Deus (PE) de Luci Alcântara
Áurea (RJ) de Zeca Ferreira
Bode Movie (PE) de Taciano Valério
Bom dia, meu nome é Sheila ou como trabalhar em telemarketing e ganhar um vale-coxinha (RJ) de Angelo Defanti
Borra de café (PB) de Aluizio Guimarães
Depois da curva (PB) de Helton Paulino
Laurita (SP) de Roney Freitas
Recife frio (PE) de Kleber Mendonça Filho
Suspeito (SP) de Eduardo Mattos
Tchau e benção (PE) de Daniel Bandeira
Teresa (SP) de Paula Szutan e Renata Terra


MOSTRAS PARALELAS




SESSÃO ANIMADA


Espetáculo - O Mágico e a domadora (BA) de Rafael Jardim
Imagine uma menina com cabelos de Brasil (RJ) de Alexandre Bersot
Musicaixa (MG) de Jackson Abacatu
Coices e Coceiras (RJ) de Eddie Souza
Coisas de pele (MG) de Cacinho
Carrapatos e catapultas - a caixa de luz (PR) de Almir Correia
Balanços e milkshakes (MG) de Erick Ricco e Fernando Mendes
Aula de yoga nº 34 (RJ) de Gordeeff e Cláudio Roberto
Servindo de agulha (SP) Tatiana Cuberos Vieira Rinco
Um fio de esperança (ES) dos alunos da rede municipal de Vitória
E agora o que nois ramú cume? (AM) de Daniel Luiz Batista
E agora Luke? (RJ) Alan Nóbrega
História de umbigo (SP) de Michelle Gabriel
Os hai-kais do príncipe (SP) de Maurício Squarisi
Buba e o aquecimento global (SP) de Eduardo Takao Nakamura
As aventuras de Seu Euclides: Chegança (SE) de Marcelo Roque Belarmino


CURTA À MEIA NOITE


A banda (PE) de Chico Lacerda
A chave da maré (PB) Riccardo Migliore
A invasão do Alegrete (RS) de Diego Muller
A morte vai para o inferno (SP) de Júnior Titanium
Alguém tem que honrar essa derrota! (RJ) de Leonardo Esteves
Iron Maiden Especial (PE) – João Carvalho
Made in Taiwan (PB) de Daniel Araújo Rodrigues
Muita calma nessa hora (RS) de Frederico Ruas
Para sua namorada preparar um strip-tease inesquecível (SP) Beto Besant
Uma Coisa de Cada Vez (PE) de Manu Costa
3.33 (SP) de Sabrina Greve


SESSÃO ESPECIAL

Caça palavra (SP) de Pedro Flores da Cunha
Descrição da ilha da saudade ou Baudelaire e os teus cabelos (GO) Alyne Fratari
Groelândia (RS) de Rafael Figueiredo
Jardim Beleléu (SP) de Ari Candido Fernandes
Número zero (GO) de Claudia Nunes
O passageiro obscuro (RS) de Davi de Oliveira Pinheiro
Para pedir perdão (DF) de Iberê Carvalho
Quando a chuva chegar (PA) de Jorane Castro
Rosa e Benjamin (SP) de Cleber Eduardo e Ilana Feldman
Vela ao crucificado (MA) de Frederico Machado
1:21 (PE) de Adriana Câmara


SESSÃO CRIANÇA


Cerol (PE) de Adalberto Oliveira
Doido lelé (BA) de Ceci Alves
Garoto Barba (PR) de Christopher Faust
O menino mofado (RJ) de André Pellenz

CURTA DOCUMENTÁRIO


Celebridades Anônimas (SP) de Rubens Romero
O velho e a lagoa (AL) de Marcio Nascimento
O mar de Lia (PE) de Hanna Godoy
Rosário do sertão (PE) de Hanna Godoy e Márcia Mansur
Profissional da noite (PE) de Kleber Castro Dibianchi

MOSTRA OLHARES


Ciclos (PE) de Márcio Farias
Dorian (SP) de César Gananian e Gregório Gananian
Ensaio suíno (PR) de Marja Calafange e Rodrigo Calafange
Indigesto (BA) Fabiano Passos e Uelter R.
Meu avô e eu (SP) de Caue Nunes
Nipon (BA) de Rafael Jardim
Simpatia do limão (RJ) de Miguel de Oliveira
Uttara (RS) de Ivo Schergl Jr.
Vida Boa (SP) Marcelo Presotto

terça-feira, 17 de agosto de 2010

III CURTA TAQUARY





O III Curta Taquary acontecerá no período de 9 a 11 de setembro na cidade de Taquaritinga do Norte, Pernambuco.

Segundo o diretor do festival, Alexandre Soares, o Festival tem como princípio exibir curtas metragens de jovens realizadores, celebrando as produções cinematográficas e a interação com toda população do agreste de Pernambuco, além do encontro de diversos diretores do país.

A relação dos filmes selecionados para as mostras competitivas e paralelas você encontra no site do festival: 




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Nosso fiel e companheiro guarda-roupa


    Cena do filme: "The Lion, The Witch and the Wardrobe" (O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa). Romance do escritor irlandês C.S. Lewis. Direção: Andrew Adamson - 2005 / EE.UU.A

Por Leo Tabosa

Segundo o Aurélio guarda-roupa é um mobiliário, armário, embutido ou na forma de móvel destinado a acondicionar roupas.

Ele sempre foi um objeto imprescindível nas sociedades organizadas. Nossas avós usaram baús, cômodas, malas e até caixas para guardarem suas vestimentas. Hoje existem modelos e tamanhos adaptados para atender as necessidades de um mercado consumidor cada vez mais exigente. Desde o mais luxuoso com design moderno e arrojado aos mais simples.

O que muita gente não imagina é que ele é mais que um espaço para se guardar roupas. É amigo fiel, e nele podemos confiar nossos segredos. Deixamos sob os seus cuidados, por baixo das camisas, nossas primeiras revistinhas de sacanagem, nossos cigarros escondidos dentro das meias, cartas e bilhetes de amor; provas de uma traição e quem sabe escondemos até uma pessoa, ou ocultamos um cadáver.

Ele, às vezes, é chato, quando somos obrigados a arrumá-lo. Mas, garanto que é melhor às nossas mãos do que às dos nossos pais, cônjuges ou filhos.

É no guarda-roupa que encontramos a roupa certa para uma entrevista de emprego, para comer num restaurante, ir ao um casamento, impressionar alguém ou simplesmente fazer compras no supermercado. Nele deixamos aquela cueca erótica que não mostramos aos nossos pais, mas com certeza um dia iremos surpreender alguém com ela.

Assume função de cofre onde depositamos o que é valioso e importante para gente: passaporte, dinheiro, documentos, fotos, lexotan, livros e até chocolate quando não queremos dividir com outra pessoa.

E lá onde guardamos um pouco da nossa personalidade, dos nossos traumas e das nossas manias.

As roupas estão impregnada de odores. O cigarro da boate, o sabonete barato do motel, o perfume de quem nós beijamos, o cheiro da "marijuana" que fumamos ou a cerveja que bebemos. Elas também estão manchadas de gorduras que denunciam nossa gula e o tipo de alimentação que ingerimos.

Estão gastas pelo uso, pelo tempo e pelas mudanças escandalosas do nosso corpo. Aponta o quanto somos materialistas, quando guardamos roupas que não usamos mais.

É no guarda-roupa que as crianças encontram abrigo nas brincadeiras de esconde-esconde, embora quando chega a noite o esconderijo se transforma na morada do bicho papão. Até hoje não consigo dormir com a porta do guarda-roupa aberta.

É o primeiro local que procuramos, quando queremos descobrir algo de alguém, ou simplesmente xeretar nas coisas alheias. Nesse momento, de fiel, pode passar a delator se não estiver bem trancado. Aconselho trancas, cadeados, cães de guarda, vigilância 24 horas e segredos nas fechaduras. Um guarda-roupa pode revelar nossos mais íntimos segredos, nos delatar, destruir casamentos, mandar alguém para cadeia e causar desentendimentos numa família aparentemente equilibrada.

O giz, o cravo-da-índia e o sachê de cheiro são guerreiros que vivem dentro do guarda-roupa, travando batalhas contras as traças, o mofo e os odores trazidos da rua.

Descubro uma camisa que completará 10 anos em janeiro e outra ainda mais velha que usava quando adolescente. Percebo que já é hora de mudanças.

Enfim, nossa relação com o guarda-roupa é muito íntima e dependente, não conseguimos viver sem ele. Continuará sendo usado por gerações e gerações, guardando ou revelando segredos e parte da nossa história.

A mídia e sua função de provocar a reflexão...


Por Leo Tabosa

A mídia é um importante instrumento de transformação da sociedade, mas como tal pode ser usado para melhorá-la ou piorá-la. A mídia vem dando prioridade às matérias que vendam em detrimento daquelas que realmente informam algo de consistente e crítico aos cidadãos.


Mesmo quando o discurso jornalístico é polêmico instaurando o debate, esconde de forma subliminar suas verdadeiras intenções de manipulação de um determinado fato, consequentemente da opinião pública.

Na minha visão pessimista de mundo nossa sociedade caminha para uma grande catástrofe antropofágica. A prova visível está quando ligamos a televisão e não conseguimos escapar do lixo televisivo que invade nossas casas e milhares de outros lares diariamente com uma programação ignorante e superficial disfarçada do seu real papel capitalista que busca apenas o lucro e a alienação das massas.

A mídia tem criado milhares de Mildreds (personagem do filme Fahrenheit 451, de François Truffaut), homens e mulheres fracas para enfrentarem a complexidade do convívio social. A saída dessas personagens é mergulhar em telenovelas, lexotan, inibidores de apetite, concursos de beleza, big-brothers, reality show diversos, programas de auditórios, academias de ginástica na busca de um padrão perfeito de beleza ou telejornais superficiais de um jornalismo que, no lugar de informar, às vezes mais desinforma.

Hoje os livros não são mais queimados como na trama do filme Fahrenheit 451. Agora são deixados nas prateleiras das casas, livrarias e bibliotecas esquecidos a ganhar pó. E muitas vezes, são também veículos promotores de ignorância e incultura.

Que reflexão pode suscitar após a leitura de uma revista de fofocas? Como despertar a consciência crítica lendo uma revista voltada para os programas de televisão? O que podemos esperar de um jornal que faz da violência urbana um espetáculo? O que aprendemos quando devoramos o livro “O doce veneno do escorpião” da “escritora” Bruna Sufistinha?

Com tanto lixo é questionável que a mídia tenha a função de provocar a reflexão da sociedade.

Bradbury e George Orwell não previram o futuro, mas apesar disso FAHRENHEIT e 1984 são relatos dos tempos que vivemos.





domingo, 8 de agosto de 2010

Inocência Estudantil




Por Leo Tabosa



Todo estudante, no início do curso, acredita que ganhará conhecimento suficiente para mudar a mentalidade do seu povo. Busca uma sociedade mais justa, solidária e humana. Grande ilusão desses estudantes ansiosos pelo saber. Não demora muito para perceberem que são apenas mais uma ferramenta para manutenção de um sistema excludente e alienante. 

A sociedade revela um mundo de possibilidades e mistérios. Também revela um ambiente hostil que parte para a exclusão e esquecimento de quem não se adequar ao sistema. Uma sociedade esmagadora que aprisiona os excluídos em um mundo estreito de regras e manipulações, onde as regras são ditadas pelas elites.

Essa ingenuidade estudantil é dissipada no decorrer do curso quando nos deparamos com um mercado de trabalho esmagador. Aí recordamos a lei justa criada pela elite que está no poder em “A revolução dos bichos”, de George Orwell: “Todos os animais são iguais entre si, mas alguns deles são mais iguais que os outros”. 

Nossos ideais começam ser corrompidos e passamos por um processo simples e gradual de submissão ao “Grande Irmão”. Manipulações dissimuladas pela linguagem entram todos os dias em nossas casas e mais uma vez citamos Orwell, agora em sua obra-prima “1984”: “Todos os poderes criam palavras para nos obrigar a pensar como eles”. O livro é um alerta contra o totalitarismo de toda “novilíngua”. É comum o surgimento de novas palavras no noticiário econômico, o chamado economês, que serve para confundir e distanciar a massa reduzindo sua capacidade de raciocinar sobre os rumos da nossa economia. Quando o povo passa a se acostumar com os novos termos eles são alterados e surgem outros. A ignorância é a força!

O risco do jornalista manipular um fato é muito grande já que ele no exercício do seu trabalho faz uma reconstrução da realidade. A função do personagem Winston, em 1984, é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Nada muito diferente de um jornalista ou um historiador. E ao fim, percebemos que amamos o Grande Irmão. Sem dúvida, Ele sempre ganha. 




Filmes e Livros Relacionados:

Título Original                              Título Original
1984 (1984 - Duração 113 min          Animal Farm (A Revolução dos Bichos - Duração 89 min)

Diretor                                          Diretor
Michael Radford                             John Stephenson 

País / Ano                                      País / Ano
Inglaterra, 1984                              EE.UU.A, 1999


ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 
ORWELL, George. Revolução dos bichos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.




sábado, 7 de agosto de 2010

Festival Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões Lança Regulamento Para Edição 2010





Cineastas de todo o Brasil já podem ter acesso ao regulamento do Festival Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões - edição 2010.

Todos os anos desde 2006 é realizado na cidade de Floriano/PI o Festival Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões.A edição anterior aconteceu no período de 01 a 12 de dezembro de 2009 e reuniu a comunidade cinematográfica dos estados do Piauí, Ceará, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Brasília. Teve uma programação de 61 filmes exibidos ao longo de duas semanas e foi dividido em duas mostras: uma não competitiva, de 01 a 07 de dezembro, e uma mostra de vídeos competitiva, de 08 a 12.

Durante o festival também serão oferecidas oficinas de direção de fotografia, Linguagem de Edição, Fotografia de Still e Direção de Arte, ministradas por profissionais de renome nacional e mundial na área cinematográfica como: Carlos Ebert, Veronica Saenz e Luciana Bueno.

O 5º FESTIVAL NACIONAL DE CINEMA E VÍDEO DOS SERTÕES é uma promoção do Pontão de Cultura “Cultura Viva ao Alcance de Todos”, tendo como agente cultural o Grupo ESCALET, o apoio da Petrobrás, Secretária da Cidadania Cultural - Ministério da Cultura, dos governos Estadual e Federal.

O Festival acontecerá de 17 á 21 de novembro de 2010 e terá como objetivo impulsionar a produção audiovisual no Piauí, formando novas platéias, estimulando a exibição e reflexão sobre o cinema nacional. Os interessados em participar do festival podem inscrever longas e curtas de 17 de julho á 20 de Setembro de 2010.

Confira em anexo o regulamento e a ficha de inscrição:


 Mais informações: www.escalet.com.br

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A TRISTE ESTÓRIA DE POLLYANNA: COM DOIS ELES, DOIS ENES E UM IPSILONE


Conto de Leo Tabosa

A banheira que já havia sobrevivido há quase três décadas ainda continuava jogada ao léu no quintal da casa verde da Rua dos Canavieiros. Sua única serventia foi ser usada como nave espacial e piscina nas brincadeiras com meus irmãos.

Quando regresso à casa dos meus pais sempre passo algumas horas admirando o quintal que foi palco de tantas descobertas. Olhando para a banheira é impossível não recordar da descoberta da minha sexualidade.

Afirmo sem pudores que depois de Pollyanna o sexo não foi mais o mesmo.
- Nome? É claro que ela tinha um nome. Não era uma qualquer.

Na caixa de sapato, onde morava, tinha seu nome escrito na tampa com letras garrafais: POLLYANNA. Pollyanna escrito com dois eles, dois enes e um ipsilone. Nome digno para um ser albino de aspecto europeu e ascendência nobre.

Conheci Polly ainda pequena. Polly era a forma carinhosa como a chamava. Todo casal apaixonado tem uma forma carinhosa de tratamento. Ela estava na cozinha passeando sobre as sobras do jantar. Não posso dizer que foi amor à primeira vista, mas fiquei encantando com sua simpatia e coragem. Mesmo percebendo a presença de uma ameaça à sua existência não fugiu. Sua coragem foi o que mais me seduziu.

No outro dia lá estava ela me esperando na cozinha. Mesmo acendendo a luz e me aproximando da pia continuava lá fazendo sua refeição sem se importar com minha presença. Não resisti e levei-a para morar no meu quarto.
Pollyanna se desenvolveu rápido. Ficou forte, saudável e higiênica. O curioso é que nunca tentou fugir de casa, quando ficava entediada saia para passear, mas retornava antes do anoitecer.

Um dia, na madrugada, acordei com uma sensação prazerosa… Pollyana caminhava explorando meu corpo sob o calção. Naquela noite algo muito estranho acontecera comigo, estava banhado por uma gosma branca e fosforescente. Logo pensei que minha pequena tinha passado mal.
- Será que andou comendo algo estragado ou radioativo em seus passeios? Só mais tarde descobriria dentro da banheira o significado daquela experiência.

Quando ficava sozinho em casa enchia a banheira até a metade, tirava minha roupa e entrava. Deixava meu mastro em riste e depois soltava a pobre da Pollyanna de dentro da caixa. Ela nadava desesperada com medo de se afogar e a única terra à vista era um cume que emergia de dentro d’água. A glande roxa e esponjosa da minha lança, onde suas inúmeras patinhas tentavam encontrar nela, um porto seguro.
Sensações indescritíveis e momentos felizes vivi até ser surpreendido por minha mãe, Maria Aparecida da Conceição. Católica praticante, ficou horrorizada e fez logo cara de nojo quando viu o espetáculo da criação.
Percebi que seria o fim do nosso romance clandestino. Apanhei dentro e fora da banheira. E minha namorada foi morta…
Assassinada por uma mulher fria e preconceituosa. Morta a chineladas. Morta com minha própria chinela.

MAKING OF DO CURTA COLAPSO

Inscrições abertas para a 5ª edição do AXN Film Festival até o dia 30 de agosto de 2010



O AXN Film Festival é um festival de curtas-metragens idealizado com a intenção de dar espaço ao potencial cinematográfico da América Latina e permitir ao público da região entrar em contato com este trabalho, através das telas da TV por assinatura.
Graças ao interesse do público e à qualidade do material produzido, mais de 2000 curtas foram recebidos até o momento nestas quatro etapas convocatórias do AXN FF, e alguns canais irmãos na Europa já desenvolveram versões deste festival para seus respectivos públicos.

O AXN Film Festival é o único festival de curtas-metragens apoiado por um canal de televisão por assinatura na América Latina. Desde 2006, o sinal da AXN apresenta à sua audiência, composta por mais de 25 milhões de lares em toda a América Latina, a iniciativa e a visão original dos novos expoentes do cinema na nossa região. Em quatro edições consecutivas, criadores de mais de 20 países na América Latina mostraram sua capacidade e olhar particular por meio da plataforma criada pela AXN para premiar o cinema de curta duração.

Confira o regulamento e não deixe de fazer a sua inscrição no AXN Film Festival 2010.
http://br.axn.com/axn-film-festival-2010

RELAÇÃO DOS FILMES SELECIONADOS PARA O FESTIVAL ENTRETODOS 3

Parabéns aos realizadores e fiquem de olho nos premiados curtas: Áurea do cineasta Zeca Ferreira e Céu Limpo dos cineastas Marcley de Aquino e Duarte Dias.


Mostra Competitiva

Bom dia, meu nome é Sheila ou Como...Coxinha (ANGELO DEFANTI)
Cine Nostalgia (MARCUS GUIO)
Muita calma nessa hora (FREDERICO RUAS)
Depois da curva (HELTON PAULINO)
O preço da promessa (DJ MELLODY)
Eu não quero voltar sozinho (DANIEL RIBEIRO)
A banda (CHICO LACERDA)
A Casa dos Mortos (DÉBORA DINIZ)
Dois Mundos (THEREZA JESSOUROUN)
Um par o outro (CECÍLIA ENGELS)
É muita areia pro meu caminhãozinho (ANA PAULA GUIMARÃES E EDUVIER FUENTES FERNANDES)
O Sarcófago (DANIEL LISBOA)
Aranceles (MELO VIANA)
Tenonderã - um olhar para o futuro (EDUARDO DUWE)
Uma luz no fim do Tubo (ANTONIO ZANELLA)
Avós (MICHAEL WAHRMANN)
Carreto (MARILIA HUGHES E CLÁUDIO MARQUES)
Céu Limpo (MARCLEY DE AQUINO E DUARTE DIAS)
Kátpy ro sujareni, A História do monstro Kátpy (KAMIKIA KISEDJE E WINTI SUYÁ)
Áurea (ZECA FERREIRA)
Vidas deslocadas (JOÃO MARCELO GOMES)
D.O.R. (LEANDRO GODINHO)
Home Vídeo (LUCAS RACHED)
Circuito Interno (JÚLIO MARTI)


Mostra não Competitiva


Garoto barba (Christopher Faust)
Darluz (Leandro Goddinho)
Resto de comida nóis dá pro cachorro (Emika Takaki e Tania Piloto)
Pedalada dia mundial sem carro (Francisco Neto)
O retorno de saturno (Lisandro Santos)
Ídolo campeão (Anizioart)
Clube do Riso (Tony D)
Peixe Vermelho (Andreia Vigo)
Carolina (Ángela Sandoval)
O cara (Anizioart)
A Chapada (Valério Fonseca)
O Lago das Brumas (Marietti Auvray)

http://www.entretodos.com.br/festival.html


Áurea de Zeca Ferreira

                                                    Céu Limpo de  Marcley de Aquino e Duarte Dias
 

Incrições abertas para o Santa Barbara International Film Festival


O Santa Barbara International Film Festival é um evento realizado na cidade balneário de Santa Barbara, Califórnia (90 minutos ao norte de Los Angeles). O público do festival é uma combinação única de profissionais da indústria cinematográfica, comunidade local e internacional, e uma grande população de estudantes.

Além de mostrar uma seleção variada de filmes, homenagens e eventos especiais, SBIFF oferece seminários com profissionais da indústria e debates com os cineastas.

1528 Chapala Street
Suite 203
Santa Barbara CA 93101
U S A
Phone: 805-963 0023
Fax: 805-962 2524
programming@sbfilmfestival.org
http://www.sbfilmfestival.org/

CARTAZ DO CURTA COLAPSO



Sinopse


Um homem dirige sem rumo enquanto a água é desperdiçada em vários pontos da cidade prenunciando um colapso ambiental. O curta-metragem fala sobre a solidão humana e seus desertos afetivos.


Ficha Técnica


Colapso (Ficção)
Duração: 3’
Direção: Leo Tabosa
Assistente / Direção: Rosimere Albuquerque
Fotografia e Edição: Leo Tabosa
Roteiro: Leo Tabosa e Rosimere Albuquerque
Produção: Milena Menezes
Produção Executiva: Leo Tabosa
Música: Bolero de Ravel
Arte: Lucas Sá
Ator: Bartolomeu Campelo

Documentário RETRATOS no Fazendo Gênero 9


O Documentário Retratos (Direção: Leo Tabosa e Rafael Negrão) será exibido no dia 24 de agosto de 2010, às 14h , no auditório do DAC da Universidade Federal de Santa Catarina. O curta conta a história de 06 travestis que desempenham diferentes atividades profissionais desvinculadas da prostituição no Estado de Pernambuco. O vídeo mostra como a vida de cada um deles pode ser tão comum quanto à de qualquer outra pessoa.

Mostra Audiovisual Fazendo Gênero 9




PROGRAMAÇÃO OFICIAL
20 a 26 de agosto de 2010 - Florianópolis - SC


21 de agosto de 2010 - (sábado)
Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
Sessão: 16h30 às 19h



Reassemblage (Trinh Minh-ha 1982, 40 min, legendado em português)
Uma reflexão sobre o fazer documentário e a representação etnográfica a partir do olhar da diretora sobre os povos Sereer, Bassari e Peul do Senegal.

Shoot for the contents (Trinh Minh-ha 1992, 102 min, legendado em português)
Filme cujo titulo brinca com o significado de um jogo antigo Chinês e com os elementos criativos da realização fílmica, é uma excursão no labirinto da nomeação alegórica. Pondera sobre questões de poder e mudanças relacionadas às rupturas culturais e políticas da China contemporânea, refletidas nos eventos da Praça Tiennamen.


22 de agosto de 2010 - (domingo)
Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
Sessão: 16h30 às 19h


A tale of love (Trinh Minh-ha e Jean-Paul Bourdier 1995, 108 min legendado em português)
Retrato da experiência de imigrantes vietnamitas através de Kieu, A tale of Love segue a busca de uma mulher amorosa do Amor. Livremente inspirado no poema Vietnamita The tale of Kieu. Reprise quarta-feira à tarde, no Centro de Eventos da UFSC.



23 de agosto de 2010 - (segunda-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 9h às 12h30



G XV (Doc, Lucas Kinceler e Leonardo Silva, 5’32’’, 2009, SC)
A princípio pareciam formigas. Um morador da Praça XV aproxima-se e explica que na verdade são grilos. O diálogo casual adquire a dimensão de um relato, em experiência audiovisual para aqueles que por eventualidade ouviram suas palavras.

Fantasmas (Fic, André Novais Oliveira, 11 min, 2009, MG)
A ex.

A Oferenda de Sabiá (Doc., Claudia Turra Magni, 25 min, 2004, Paris/Porto Alegre)
Durante uma oficina de vídeo para pessoas sem-domicílio em Paris, Sabiá, africana de 30 anos, realiza seu curta-metragem, "A Oferenda". Ao representar a doação de um filho aos ancestrais, ela resgata crenças animistas e outros elementos significativos de suas culturas de origem. Acompanhado da música "Desafinado", seu filme transcorre sem fala, enquanto Sabiá fornece à câmera da antropóloga as chaves para a compreensão de sua obra artística.

Deixe-me ir (Doc., Maycon Melo, 23min, 2009, SC)
Este vídeo aborda a trajetória de mulheres jogadoras de futebol em Florianópolis. O percurso de anos de prática amadora encontra no decorrer do Campeonato Catarinense de Futebol Feminino de 2008 a iniciativa de investimento do Avaí FC. As marcas desse encontro revelam um campo em negociação/competição. Mudanças que apontam um jogo em constante processo.

Vozes do Islã (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 25min, 2007, SP)
Investigar temas diversos do Islã no Brasil, como o véu islâmico, o casamento, as divergências da comunidade, a relação dos pesquisados e da pesquisadora é o desafio desse vídeo, resultado de nove anos de pesquisa e de imersão nas comunidades islâmicas em São Paulo e em São Bernardo do Campo. Vozes do Islã é um convite imagético e sonoro a esse islã no Brasil.

Narradores Urbanos: Antropologia Urbana e Etnografia nas Cidades Brasileiras - Eunice Dhuran (Doc., Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha, 17min, 2009, RS)
Episódio da série documental Narradores Urbanos sobre antropologia urbana e etnografia audiovisual das cidades brasileiras. A antropóloga Eunice Ribeiro Dhuran narra sua trajetória intelectual, refletindo sobre as transformações no pensamento social brasileiro e a dinâmica cultural e social na metrópole paulista.

Caixa Preta (Fic. , Ana Claudia Okuti, 17’30”, 2010, RJ)
O filme "Caixa Preta" retrata a vida de um jovem de uma comunidade do Rio de Janeiro, que por dificuldades econômicas resolve arrumar um emprego por incentivo da avó. Porém, eles não esperavam que uma "Caixa Preta" modificasse seus caminhos.

Branqueza, ordem e concreto (Doc., Alexandra Martins, Elisa Matos e Pedro MacDowell, 7’30”, 2007, DF)
Setor Comercial Sul, área central de Brasília. No primeiro ano do Governo Arruda-Paulo Octávio (DEM) a especulação do mercado imobiliário alveja um espaço ocupado por travestis. Tem início a "Operação Moralização de Áreas Públicas", uma forte campanha higienista. O filme acompanha, durante um "arrastão" policial, a resposta de travestis dispostas a afirmar seu direito ao espaço.

Eli Heil, Criadora e Criatura (Doc., Kátia Klock, 14min, 2009, SC)
Eli Heil, Criadora e Criatura, é um retrato audiovisual do fértil universo feminino de Eli Heil.Criadora de um mundo mágico, a artista gera seres e dá vida a muitas criaturas que pinta, desenha e esculpe através de técnicas inusitadas. Eli Heil renasceu aos 33 anos com uma verve artística em constante ebulição, depois de uma longa enfermidade que a deixou de cama por mais de cinco anos ("gravidez mental", como diz a artista). Este curta-documentário segue o ritmo intenso dessa mulher autodidata de 80 anos que produz uma arte lisérgica. A câmera traduz para a linguagem audiovisual a compulsão da artista que vive em Florianópolis e que montou um museu para abrigar tudo o que cria. Eli Heil reserva mais de duas mil obras sob suas asas, como filhotes protegidos.

Incelença da Perseguida (Fic., Silvio Gurjão, 14min, 2009, CE)
Num sertão de desmandos, a injustiça encontra na inocência sensual de Maria das Graças, vida que custa a morte da mãe e a dor do pai, a cura para o machismo, homens-genitália eternamente na linha da perseguida. Sua paixão santa pelo maior pecador arrebata-o sexualmente, convertendo-o a uma vida de sagrado prazer.



23 de agosto de 2010 - (segunda-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 14h às 18h



Rainhas da Noite (Doc., Diego Herzog, 32 min, 2010, ES)
Rainhas da Noite é uma homenagem às drag queens capixabas, uma celebração do direito de ser drag.

Piscina (Exp., Coletiva - Brisa Queiroz, Bruno Ferreira, Fernanda Ligabue, Henrique Lukas Mendonça, Iumie Watanabe, Juliana Donato, Lívia Basile e Yasmin Muller, 15min, 2009, SP)
A história da terra começa na água.

Aquelas Mulheres (Doc., Matilde Teles / Verena Kael, 19’51”, 2010, RJ)
Documentário sobre as chamadas "polacas":mulheres da Europa Oriental, trazidas como escravas brancas para o Brasil, nos séculos XIX e XX, por cáftens judeus. No Rio de Janeiro, apesar das conflitantes condições de vida, criaram um Cemitério Israelita, em Inhaúma, e a primeira Sinagoga no mundo regida por mulheres.

Perto Demais (Fic., Rúbia Mércia Medeiros, 15min, 2009, CE)
Cidade, um mapa imaginário de quem parte e de quem fica.Partir e ficar, partir ou ficar, sempre, como um risco e deslumbre, mas também como um amor e um embaraço.

Meu filho é gay (Fic., Moisés Guimarães, 4’28”, 2007, RJ)
Dona Noêmia é uma mãe frustrada na educação de seu filho. Depois de procurar um analista, ela se conforta com uma amiga nesta experiência nova de lidar com a homossexualidade de seu único filho.

Beijos de Língua (Exp., Cyriaco Lopes, 4min, 2005/2006, Artista brasileiro vivendo nos EUA, mas o vídeo foi originalmente produzido na Alemanha para uma exposição na França)
Em Beijos de Língua as etimologias da língua portuguesa são associadas a cores: o vermelho para línguas pré-colombianas, o laranja para línguas africanas, o amarelo para o árabe etc. O texto - sobre encontros sexuais gays no Rio de Janeiro - é usado como paleta, onde a sucessão de cores torna visíveis os encontros formadores da língua, sempre fluxo.

Debanuj: uma narrativa sobre imigração queer nos Estados Unidos (Doc., Felipe Bruno Martins Fernandes, 50min, 2010, NY)
Em 30 de outubro de 2009 o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o fim da lei que proibiu, durante 22 anos, a entrada de pessoas com HIV ou AIDS no país. Tomando a história de vida do ativista gay indiano Debanuj DasGupta o filme (re)traça a história da imigração queer e de pessoas vivendo com AIDS nos Estados Unidos nos anos 1990 e 2000.

Esclarecimentos sobre sexualidade (Exp., Cláudio Azevedo e Priscila Duarte, 14’5”, 2007, RS)
Que discursos podem emanar da entrevista feita por uma aluna ao professor? O assunto permeia o tema sexualidade. Algumas palavras se apresentam como chaves que abrem e fecham aberturas, são elas: preconceito, liberdade, felicidade, esclarecimento e medo. Acompanhem o depoimento do prof. Fábio e elaborem suas próprias reflexões.

Tempo [em] jogo (Exp., Meg Tomio Roussenq e Roberta Tonicelo, 3’46”, 2009, SC)
Pensando a identidade plural de grupos que pelo tempo e territorialidade de um espaço, configura o encontro. O trabalho traz a discussão este tempo em memória, onde a liquidez de passado e presente se juntam no imagético jogo real de espaço/tempo. Anônimos da praça é a configuração visual do encontro casual de necessidades outras.

Céu Limpo (Fic., Marcley de Aquino e Duarte Dias,14 min, 2009, CE)
Baseado no conto homônimo do escritor cearense Eduardo Campos, Céu Limpo expõe o drama de Leôncio e Chica que, inseridos numa realidade desoladora e cruel, fazem da esperança a sua principal aliada.

Depois da Curva (Fic., Helton Paulino, 18min, 2009, PB)
Paulo é um jovem e iniciante motorista que ao fazer uma viagem a trabalho se depara com uma série de situações que o fará reavaliar seus próprios sentimentos, colocando em xeque até a existência de uma amizade de anos.

Brasileiros Alhures (Doc. , Andrea Eichenberger, 24 min, NZ)
O contingente populacional de brasileiros no exterior cresce gradativamente ao longo dos anos. Dentre estes brasileiros e brasileiras alhures, 5.500 encontram-se na Nova Zelândia. Este foto-audio-documentario apresenta depoimentos de sete mulheres que, por diferentes razões, deixaram o Brasil para experimentar uma vivência ou buscar melhores condições de vida no exterior.

Sonho de Valsa (Fic., Beto Besant, 12’40”, 2010, SP)
Stella vive um romance conturbado com Daniel. Setenta anos depois, fenômenos sobrenaturais perturbam os moradores da antiga vila.

Profissional da noite (Doc., Kleber Castro Dibianchi (Kleber Nole dos Santos), 15min, 2009, PE)
Jaime Félix é um amazonense de 73 anos que perdeu o pai assassinado por seu Próprio tio. Depois de trabalhar estacionando carros, vendendo picolé, engraxando sapatos se tornou proprietário de várias das boates mais conhecidas do recife nas décadas de 60 a 80.



24 de agosto de 2010 - (terça-feira)
Local: Auditório do CCE
Sessão: 9h às 12h30



Trindadeiros (Doc., Silvio Delfim e Davi Paiva, 90 min, 2009, RJ)
Durante a década de 1970 após a construção da BR 101 (Rio - Santos) uma multinacional tentou expulsar de suas terras por dez anos os caiçaras de Trindade - RJ. A Brascan-Adela utilizou praticas de violência e coação para retirar os nativos e construir um condomínio de luxo no local. A comunidade lutou contra esses interesses, depois de muito sofrimento conquistou uma vitória histórica de repercussão internacional, garantindo o direito de posse através de um acordo assinado em 1981.

CORPO URB (Exp., Mariane Bigio, 10’46”, 2009, PE)
Videopoema experimental que retrata os conflitos interiores de uma mulher angustiada frente a sua "urbe" caotizada. Através de uma linguagem que beira o fantástico, o vídeo propõe uma fuga da realidade rotineira que a sufoca.

A saudade é um filme sem fim. (Exp., Rafael de Almeida, 3min, 2009, GO)
Fragmentos de uma quase não-memória.

Nice, bonne au Brésil (Nice, doméstica no Brasil) (Doc., Armelle Giglio-Jacquemot, 68 min, 2009, França)
Nice é empregada doméstica numa grande casa onde vive confinada. Como muitas jovens rurais de sua condição, deixou sua vila para se empregar na cidade. A serviço dos outros, sua vida se desenrola longe de seu casa, dominada pela solidão e o labor repetitivo de um trabalho subestimado. Ao mesmo tempo em que o filme mostra o dia a dia de suas tarefas e suas varias dimensões, ele também dá a palavra a Nice que, rindo e chorando, expressa seu ponto de vista sobre seu trabalho e sua condição : sentimento de estagnação e limitação, falta de valor e de reconhecimento, desprezo e responsabilidade são entre os temas cruciais que ela aborda durante a filmagem.

A vítima e os inconformados (Fic., Moisés Guimarães, 3’30”, 2007, RJ)
Vítima de um assalto dentro do ônibus, um rapaz procura ajuda na rua. De um episódio urbano, a relação de banalização da violência torna-se evidência na conversa de botequim.

Antes da corrida terminar (Doc., Maycon Melo, 13min, 2010, SC)
Em setembro de 2009, na comunidade pesqueira da Barra da Lagoa, um grupo de mulheres lideradas por Dona Maria (79 anos) decidiu organizar uma Corrida de Batera. Tradicionalmente essa performance ocorria durante a Festa da Tainha, reafirmava laços e testava atributos. Além de descolar a Corrida desse evento maior, no formato organizado por Maria 10 dos 20 competidores não são nativos da Barra.O grupo familiar de Maria em conjunto com uma ONG e o NAVI/UFSC já produziu seis documentários como este.



24 de agosto de 2010 - (terça-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 14h às 18h



Surname Viet Given Name Nam (Trinh Minh-ha, 1989, 108 min, EUA, legendado em português)
O filme evolui em torno de questões de identidade, memória popular e cultura. Focaliza aspectos da realidade Vietnamita vistas através das vidas e historia da resistência de mulheres no Vietnam e nos Estados-Unidos, ao mesmo tempo em que reflete sobre a poder nas entrevistas e nos documentários.

Kseni - a estrangeira (Jocy de Oliveira, 2005, 70 min, RJ)
"Transgressora... Imigrante... Bárbara... Terrorista... Mulher... Meu corpo, minha única arma...." são as palavras iniciais da protagonista de Kseni - a estrangeira, que clama pelo "o direito de ser diferente". Aliás, essas palavras encerram esta ópera, que é dividida em cinco cenas: Medea Profecia, Revenge of Medea, Who cares if she cries, Nenhuma mulher civilizada faria isso e Medea Ballade, essa última baseada em uma melodia medieval sobre Medéia, originária da região francesa do Languedoc.



24 de agosto de 2010 - (terça-feira)
Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
Sessão: 14h às 18h



Rotina Matinal (Fic., Daniel Donato, 11’51”, 2009, RS)
Uma prostituta pensa que o cliente pode ser alguém diferente.

Mulher além da maré (Doc. Silvana Maipora, 15 min, 2010, PE)
O documentário Mulher além da Maré conta a história de três pescadoras da cidade de Itapussuma (PE) que convivem com um mesmo problema: as diversas violências praticadas contra as mulheres. Elas fazem parte da colônia de pescadores que, há mais de 20 anos é comandada por mulheres, e mostram através das imagens produzidas - por elas mesmas - o dia a dia além da pesca.

Semeadura (Doc., Cleuza Maria Soares, 20 min, 2009, SC)
O documentário SEMEADURA, lança um olhar sobre a política de cotas para alunos de escola pública, negros e indígenas na UFSC, buscando entender o porquê da quase inexistência de negros e indígenas nas universidades brasileiras. O tema é inédito em produções cinematográficas no estado.

Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica (Doc., Vagner de Almeida, 45 min, 2009/2010, Brasil)
Documentário que trata da vida de mulheres brasileiras e seus enfrentamentos na sociedade lesbofóbica e racista. Mulheres essas, que ainda vivem a margem da sociedade e necessitam com muita força e coragem desvendarem-se todos os dias.A força desse filme documentário está nas falas, nas vozes dessas mulheres - lindas, fortes, poderosas, honestas, guerreiras, mães, filhas, tias, avós, amantes, parceiras...

"Bom dia, meu nome é Sheila ou como trabalhar em telemarketing e ganhar um vale-coxinha" (Doc/Fic., Angelo Defanti, 16’57”, 2009, RJ)
Fagner vendia planos de saúde pelo telefone. Valéria trabalha há 19 anos numa das maiores centrais de teleatendimento do país. O telemarketing é o setor da economia que mais cresce e contrata hoje no Brasil com cerca de 700 mil operadores. Alguns deles estão neste filme. Inspirado na reportagem publicada na revista Piauí.

Questão de Gênero (Doc., Rodrigo Najar, 90min, 2008, SP)
Questão de Gênero acompanha, durante um ano, a vida de sete pessoas que, em comum, têm o sentimento de que nasceram em um corpo que não era seu. Homens que nasceram mulheres, mulheres que nasceram homens contam como se descobriram transexuais e como buscam viver em sua verdadeira identidade de gênero.

Da Janela (Fic., Giovana Zimermann e Sebastião Braga, 15min, 2008, SC)
Fotógrafa pesquisa a violência contra a mulher através da janela de sua casa ou carro, seu "olho câmera" registra tudo. Os planos se cruzam, criando um universo onírico composto de cenas de violência simultâneas a cenas de uma festa, propiciando a reflexão de que ao mesmo tempo em que o espectador assiste ao filme, muitas mulheres anônimas são expostas à violência. Índices apontam que, no Brasil, a cada 4 minutos, uma mulher é agredida.

Com o sarongue na mão (Fic., Moisés Guimarães, 3’40”, 2007, RJ)
Mário e Glória vivem uma relação conjugal estável. As manias de códigos do casal tornam-se uma armadilha após uma história de um sarongue.

Retratos (Doc., Leo Tabosa e Rafael Negrão, 20”, 2009, PE)
O documentário trata da história de seis travestis pernambucanos e os caminhos que eles traçaram para alcançar posições na sociedade desvinculadas da prostituição. O filme enfoca o cotidiano desses personagens, suas dificuldades, sonhos e conquistas.



24 de agosto de 2010 - (terça-feira)
Local: Auditório do CCE/UFSC
Sessão: 19h às 22h



Alicia Bustamante (Doc., Hanna Shygulla, 100 min, 2009, França)
O tema é a vida da grande atriz e diretora cubana, Alicia Bustamante, amiga e parceira de Hanna em vários trabalhos artísticos. O documentário tem relatos memoráveis sobre sua infância e atividades em Cuba, ao lado de Che Guevara, sua atuação no cinema e na TV cubanos, com diretores como Gutiérrez Alea, Humberto Solás e Ruy Guerra, seus encontros com outros artistas, como Omara Portuondo, e seu trabalho no grupo Les Turpials, desde 1989, como atriz e diretora artística.

Transfiction (Doc., Johannes Sjöberg, 50 min, 2007, SP)
Transfiction é o titulo de um filme protagonizado por um grupo de travestis e transexuais brasileiros que moram em São Paulo. Filmado entre abril e setembro 2006, ele é parte de uma tese de doutorado em drama e realização de filme etnográfico, na University of Manchester, UK, intitulada 'Ethnofiction: genre hybridity in theory and practice-based research'.

Quem Será Katlyn? (Doc., Caue Nunes, 15 min, 2008, SP)
O documentário faz uma investigação sobre identidades sociais. A personagem que dá nome ao vídeo é uma travesti que narra o seu processo de transformação identitária.

Variante (Doc., Ester Fer e Pietro Picolomini, 30 min, 2010, SP)
O cotidiano de quase meio milhão de pessoas que dependem do trem para se transportar das suas residências, na periferia leste da grande São Paulo, ao trabalho, na capital paulista.

Maria sem graça (Fic., Leandro Goddinho, 7 min, 2008, SP)
Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, tem um sonho. E para realizá-lo não medirá esforços, transformando a vida de sua mãe num verdadeiro inferno.



25 de agosto de 2010 – (quarta-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 14h às 18h


Reassemblage (Trinh Minh-ha 1982, 40 min)
Uma reflexão sobre o fazer documentário e a representação etnográfica a partir do olhar da diretora sobre os povos Sereer, Bassari e Peul do Senegal.

Shoot for the contents (Trinh Minh-ha 1992, 102 min)
Filme cujo titulo brinca com o significado de um jogo antigo Chines e com os elementos criativos da realização fílmica, é uma excursão no labirinto da nomeação alegórica. Pondera sobre questões de poder e mudanças relacionadas às rupturas culturais e políticas da China contemporânea, refletidas nos eventos da Praça Tiennamen.

A tale of love (Trinh Minh-ha e Jean-Paul Bourdier 1995, 108 min)
Retrato da experiência de imigrantes vietnamitas através de Kieu, A tale of Love segue a busca de uma mulher amorosa do Amor. Livremente inspirado no poema Vietnamita The tale of Kieu.



25 de agosto de 2010 - (quarta-feira)
Local: Auditório do DAC (ao lado da igrejinha da UFSC)
Sessão: 14h às 18h


Crisálida (Doc., Lígia Maciel Ferraz, 13 min, 2009, SC)
Após a morte do pai, Alice recebe uma carta de aceitação que implica morar em outra cidade. Dividida entre a dor do luto e a vontade de partir, Alice precisa decidir se vai ou se fica.

João Sem Terra (Doc., Teresa Noll Trindade, 90 min, 2010, RS/SP)
História de João Machado dos Santos, gaúcho que desde muito cedo se envolveu na luta política pela terra, participando ativamente do MASTER, movimento que, nos anos 60, teve fundamental importância na colocação da Reforma Agrária na agenda política nacional. Uma vida de luta e clandestinidade, da dimensão humana ao processo político brasileiro.

Sombras na Cabine (Doc., Alexandre Araújo, 10 min, 2009, SP)
Sombras na Cabine, conta a história dos operadores de projetor cinematográfico. Dramas e alegrias de profissionais, que escondidos nas sombras, sob a luz do projetor, literalmente colocam o cinema na tela.

Darluz (Fic., Leandro Goddinho, 15 min, 2009 SP)
"Dei José, dei Antonio, dei Maria. Dei, daria e dou. Não posso criar." Darluz

Sacrifício (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 13 min, 2007, SP)
No Islã, o Hajj - peregrinação a Meca - é o quinto pilar da religião, que se encerra nas comemorações da Festa do Sacrifício - Eid Adha´há. Este vídeo apresenta os significados dessa peregrinação, para os muçulmanos, assim como, a Festa do sacrifício tal como acontece aqui em São Paulo e em São Bernardo do Campo.

Funcionárias do prazer (Doc., Vídeo Ativista, 12’37”, 2005, DF)
Funcionárias do Prazer foi feito por voluntárias do Centro de Mídia Independente de Brasília no principal ponto de prostituição da cidade. No vídeo algumas profissionais do sexo revelam um universo muitas vezes retratado de maneira estereotipada pelos meios de comunicação convencionais. Embora seja estigmatizada e reprimida com violência, a prostituição existe porque a própria sociedade que a condena, a mantem.

Páginas de Menina (Fic., Monica Palazzo, 19 min, 2008)
Em 1955 a jovem Ingrid começa a trabalhar na Livraria Machado de Assis, onde conhece Sílvia, a gerente. O que poderia ser um encontro casual vai influenciar as escolhas que moldarão ser futuro de forma importante e duradoura.

Identidades em Trânsito (Doc., Daniele Ellery e Márcio Câmara, 19 min, 2007, CE)
Identidades em Trânsito trata das experiências de estudantes de Guiné-Bissau e Cabo Verde formados no Brasil. O filme aborda a saída, a chegada, adaptação no Brasil, e o retorno desses estudantes aos seus países de origem. Identidades em Trânsito traz a questão das diferenças e semelhanças culturais entre os respectivos países africanos e o Brasil, revelando novas identidades que passam assumir depois da experiência fora dos seus países.

Amores de Circo (Fic., Ana Lúcia Ferraz, 40 min, 2009, SP)
Uma Companhia de Circo-Teatro chega a uma pacata cidade do interior. A família circense vive o seu cotidiano enquanto os moradores da cidade se encantam com o circo. As relações com o Estado e os temas do casamento e do adultério são revividos para a etnoficção que parte de histórias vividas ou imaginadas pelos atores e atrizes de uma companhia da tradição do Circo-Teatro brasileiro.



25 de agosto de 2010 - (quarta-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 19h às 22h



O Fio da História - entre agulhas e tecidos (Doc., Kátia Klock, 12 min, 2010, SC)
Eu me lembro da sirene da fábrica, do ir e vir dos operários, das histórias em torno daquele lugar. "Era a fábrica de fios e tecidos que moldava a vida de quem está próximo a mim e de tanta gente daquela região". Assim inicia o curta-documentário que resgata histórias das primeiras indústrias têxteis de Santa Catarina e a importância do papel da mulher para o setor. O documentário termina no quarto de costura da mãe da diretora, que depois de 50 anos como costureira e ex-operária de fábrica, acaba de se formar na faculdade de Design de Moda.

A Casa dos Mortos (Doc., Débora Diniz, 24 min, 2009, DF)
Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo será a tragédia do suicídio, o ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua nas casas dos mortos.

Maison Tropicale - As novas utopias africanas de Ângela Ferreira (Doc., Ilka Boaventura Leite, 10 min, 2010, SC)
Trata-se de um pequeno documentário sobre a obra "Maison Tropicale", realizada pela artista portuguesa Ângela Ferreira, que representa Portugal na Bienal de Veneza de 2006 no qual a artista documenta a espetacular operação de salvamento das casas pré-fabricadas concebidas e utilizadas durante a colonização francesa na África.

Allahu Akbar (Doc., Francirosy Campos Barbosa Ferreira, 29 min, 2006, SP)
Este documentário focaliza o jejum do mês do ramadã, um dos cinco pilares da pratica muçulmana. Por meio de depoimentos feitos por muçulmanos de três comunidades islâmicas em São Paulo e da comunidade de São Bernardo do Campo procura-se compreender os significados do jejum, aprender sobre a quebra do jejum, sobre o licito e o ilícito, sobre uma noite especial para os muçulmanos: a noite do decreto e, finalmente, o encerramento do ramadã com uma das festas principais do calendário islâmico - Eid AL- Fitr.

D.O.R. (Doc., Leandro Goddinho, 3’54”, 2010, São Paulo)
Através de depoimentos pessoais, utilizando-se do gestual e sem falas, o tema DOR e Racismo é retratado pelos atores da Cia. de Teatro OS Crespos num Documentário poético/experimental.

Impressão em Deslize (Exp., Bárbara de Andrade, 1’26”, 2009, Florianópolis)
Numa sociedade de consumo e exposição de corpos, uma reflexão a respeito da delicadeza na abordagem do feminino.

Memórias de uma mulher impossível (Doc., Marcia Derraik, 40 min, 2008, RJ)
Documentário sobre a vida, a criação e as idéias da escritora e editora Rose Marie Muraro, eleita em 2007 Patrona do Feminismo no Brasil (lei 11.261).

Josefa (Doc., Cristina Smargiasse, Delia Puebla, Adelina Coda, 38min., 2009, Argentina)
Josefa tem um caudal de peculiares anedotas para contar de sua vida. Em sua história não existem glórias, não existem grandes triunfos, mas existe fortaleza a uma vida que escolheu o que escolheu. Este filme é uma pesquisa intimista de um personagem - Josefa - que se descobre frente à Câmara através de seu relato, numa história de vida documental, que recupera seu passado para reforçar o presente.

Sobe, Sofia (Fic., André Mielnik, 15’22”, 2009, RJ)
Estar no mundo, solidão em dissolução.



26 de agosto de 2010 - (quinta-feira)
Local: Centro de Eventos/UFSC
Sessão: 14h às 18h


Moi et mon double (Fic., Hanna Schygulla, 13 min. França, legendado)
A partir de texto de Vitold Gombrovicz , a passagem do tempo e a memória são investigadas. Hanna pergunta a si mesma: personagem fictícia e real: Qui suis-je ?je suis.. et rien de plus mais ce mot « je suis » sans aucun attribut ... ce fait nu et terrible, me remplissait d'épouvante. Il semble qu'il n'y a rien de plus difficile que d'être soi-même.

A visita do olhar da sombra (Fic., Fábio Cançado, 20’24”, 2010, Brasil)
Compilação de 20 pequenos filmes onde se procura criar metáforas, marcadas por conceitos plásticos e fotográficos da idéia da sombra, em encontro ao uso da burca, veste negra oriental que esconde o corpo e o rosto das mulheres.

Longe de Mim (Doc., Peter Anton Zoetti, 77 min, 2007, Portugal, São Tomé e Príncipe)
Neti pede um visto para ir ter, junto com as suas duas irmãs, com a mãe que há muito vive em Lisboa. O Ministro dos Negócios Estrangeiros está a ser acusado de ter desviado 450.000 dólares. A brasileira Sol de Oliveira foi presa por imigração ilegal e está a esperar a sua extradição. Três histórias de vida que se parecem interligar numa pequena casa de madeira no bairro da Boa Morte, perto do centro da capital são-tomense. A sorte de um é o azar do outro, e nenhum dos protagonistas parece ser o dono do seu destino...

Sem Palavras (Doc., Kátia Klock, 52 min, 2009, SC)
Sem Palavras resgata as vivências dos descendentes de alemães sobre a perseguição ocorrida na época da Campanha de Nacionalização de Getúlio Vargas e da Segunda Guerra Mundial, em Santa Catarina. É um dos lados da história, contado através das memórias de quem era criança nos anos 1940. A memória é subjetiva e verdadeira, mesmo quando aparece distorcida dentro da história oficial, essa sim muito mais complexa.

O vínculo (Fic., Toomy Germain, 90”, 2010, SP)
África e Bruno,dois jovens de mundos completamente diferentes,se encontram pela primeira vez em uma pracinha do centro da cidade de São Paulo. Apesar de se cruzarem muitas vezes nas ruas,a primeira conversa dos dois traz muita familiaridade e os leva a encontrar o vínculo que liga os dois mundos "África e Brasil".